Arquiteto aponta prós e contras para cada caso e explica que uma obra envolve tempo, planejamento e impacto no orçamento.
Antes de decidir entre reformar ou construir uma nova casa, é essencial realizar uma pesquisa para entender qual alternativa melhor se adapta às necessidades e possibilidades de cada família, casal ou indivíduo. Para muitos, o tema pode ser delicado, afinal, uma obra, seja ela de menor ou maior porte, envolve tempo, planejamento e impacto no orçamento.
O arquiteto Mateus Michels explica que, para escolher entre reformar ou construir, é preciso considerar fatores como o tamanho da reforma, as alterações estruturais e as mudanças estéticas. “O primeiro o é listar todos os pontos da casa que você considera necessário modificar. A partir desse levantamento e da quantidade de mudanças previstas, será possível avaliar se compensa reformar ou se é mais viável construir do zero”, orienta.
Para os dois casos, contar com a ajuda do profissional em arquitetura é essencial para evitar erros e direcionar na melhor escolha, com dicas e criatividade no planejamento da planta. Dependendo do espaço que se deseja reformar ou construir, uma obra pode durar de três meses a um ano.
Para o arquiteto, existem quatro níveis de reforma: básica, superficial, aprofundada e total. Ele destaca que reformas são, muitas vezes, uma caixinha de surpresas, mas que reformas superficiais — como troca de revestimentos, pintura, materiais ou telhado — costumam valer a pena.
Por outro lado, um ponto positivo em novas construções é a possibilidade de projetar a casa dos sonhos com uma estrutura nova, materiais modernos, móveis planejados e revestimentos. E além do investimento na nova residência, é necessário considerar os custos com a demolição e descarte do entulho. “Quando optamos por construir do zero, os valores tendem a ser mais definidos. Na reforma, o orçamento pode variar bastante conforme as mudanças no projeto e nos materiais durante a execução da obra”, acrescenta.
Nos casos em que o morador optou pela reforma, pode ser comum se deparar com infiltrações ou com tubulações que não são visíveis a olho nu. Michels alerta que, ao reformar, imprevistos podem surgir, exigindo retrabalhos não previstos inicialmente. “Em uma reforma, fazemos o projeto e o orçamento com base no que conseguimos ver. Mas, ao quebrar uma parede ou abrir o chão, não sabemos o que podemos encontrar. Se for uma construção antiga, é ainda mais desafiador e impacta diretamente no orçamento. Por isso, antes de iniciar qualquer reforma, é fundamental verificar se a estrutura ará as alterações”, enfatiza.
Outro aspecto que o profissional aponta é o apego emocional sobre a casa. Muitas vezes, o imóvel pertence à família ou foi deixado como herança, e a reforma torna-se a melhor alternativa para preservar a história e a memória afetiva do local. “Há clientes que desejam manter certos ambientes por seu valor afetivo, especialmente por recordarem de familiares queridos. Nesses casos, desenvolvemos o projeto respeitando essa história, mas trazendo um novo olhar para a casa”, esclarece.
Mais informações sobre os projetos e atuação do arquiteto Mateus Michels podem ser obtidas por meio das redes sociais, pelo @arq.mateusmichels, ou no site www.mateusmichelsarquitetura.
Redação – Monique Amboni
